Política: assunto chato?

Que é evidente que somos a geração do amor, de questionamentos a respeito de romances, desilusões amorosas, etc., disso que ninguém pode discordar. Aos poucos vou "entendendo" isso e aceitando que são gerações que vão passando e retornando.

O que é difícil de compreender é o descaso que essa minha mesma geração tem com assuntos políticos, com a corrupção rotineira, com a desiguldade.
Questionar os políticos, parece que virou clichê, assunto banal.

Mas vejamos bem: quando queremos mais igualdade, menos violência, mais saúde, mais educação, mais segurança, quem são os responsáveis por administrar estas questões?
Tu pode ter 12, 13 anos, mas isso tudo faz parte da tua vida e tu simplesmente vai fingir que isso não importa, que são teus pais que precisam se preocupar com isso?

Exemplo: Tu é uma pessoa que gosta de ir pra praia. Pra tu ir pra praia, tu tem que passar por tal estrada. Essa tal estrada, está com promessa de duplicação a anos e veja só, a tal estrada ainda não está duplicada e tem um baita engarrafamento. E aí: a política faz ou não faz parte da tua vida?

Rio do Sinos: atestado de óbito

Já estão mais do que passadas as informações de que a água potável não é infinita, que precisamos cuidar de nossos rios, não desperdiçar, enfim, temos noção disso tudo.

Ao menos eu acho que todos temos.

Então porque ainda existem tantas pessoas que jogam lixo no rio, lixo esse que vai de um saco de lixo a uma geladeira, passando até por corpos.

Novo Hamburgo e São Leopoldo estão passando por uma das maiores secas do Rio do Sinos de todos os tempos (algo que vem a se repetir a cada verão) e mesmo assim ainda existe o desperdício.

Poxa vida: o que vale mais: a tua calçada estar limpa ou tu ter água pra tomar banho?

Nosso rio está virado em, além de um depósito de lixo, uma fonte de desperdício coletivo.

Está na hora do governo conscientizar as populações ribeirinhas de que o lixo tocado no rio, é um dos principais agravantes para quando chove muito, o rio suba até sua casa e façam eles perderem tudo. Fica claro pra mim, que a população mais pobre, infelizmente não tem noção disso, porque seria muita ignorância, sabendo que isso acontece, continuar fazendo.

E chega de se preocupar com coisas supérfluas nesse momento delicado, como lavar teu carro, regar um mega-jardim, lavar calçada, tomar banhos de 1hr, etc.

Tá na hora da gente tomar consciência de que pequenos atos, podem salvar nosso rio!

Nas mãos de quem estamos?

1999. Bixo de medicina é morto dentro de piscina da USP, afogado pelos 'veteranos' de medicina e outros cursos da universidade.

Onde vocês acham que estão os culpados, nesse momento?

Nos atendendo em um hospital, talvez.

E aí eu pergunto a eu mesmo e a vocês: "estamos nas mãos de que tipo de pessoas?".

Essa resposta fica clara, quando vemos a falta de ética, de caráter e de respeito que alguns médicos tem com a população.

Filas de espera nos postos de saúde e esses 'médicos' (entre aspas mesmo, pois não é esse tipo de gente que pode salvar alguém) estão atrasados, porque dormiram demais, porque não estavam com vontade de trabalhar aquela hora, etc.

2011. Mulher grávida, quase morre e perde seus gêmeos por falta de estrutura no hospital da cidade onde estava. É obrigada a andar centenas de quilômetros em uma ambulância, sem médico acompanhando até Novo Hamburgo/RS. Ela ficou bem e seus filhos também.

Pouco tempo depois, o hospital de sua cidade, que estava sem estrutura e licenças, é liberado.

Nas mãos de quem estamos?

De pessoas impunes, de um governo, sociedade que não estão nem aí para nós e só tomam atitudes depois que aparecem os escândalos na TV.